A fibromialgia é uma síndrome que se caracteriza por dores musculares generalizadas e crônicas, que podem durar mais de três meses, sem apresentar, no entanto, evidências de inflamação nos locais doloridos.
A doença é relativamente comum e, segundo a Sociedade Brasileira de Reumatologia, afeta cerca de 2,5% da população mundial, com uma maior incidência em mulheres do que em homens, sobretudo entre 30 a 50 anos de idade.
Os sintomas são vários, sendo a dor difusa em músculos e articulações os mais evidentes, geralmente associados a outros, como fadiga, distúrbios do humor, dificuldades de concentração, depressão, ansiedade e alterações do sono. A fibromialgia também pode aparecer em pacientes que apresentam outras doenças reumáticas, como artrite reumatoide e lúpus eritematoso sistêmico, o que, muitas vezes, dificulta uma completa melhora dos pacientes.
A doença ainda não tem cura e suas causas não são totalmente esclarecidas. A hipótese mais provável, apoiada por estudos em que visualizam o cérebro dos pacientes em funcionamento, é que devido ao histórico de traumas e estresse emocional os pacientes passem a apresentar algum tipo de alteração neurológica que aumenta a percepção e sensação de dor pelo corpo.
O objetivo do tratamento é aliviar os sintomas proporcionando ao paciente melhora na qualidade de vida. As medicações, embora tenham papel importante no alívio das dores e de sintomas diversos, devem ser apoiadas por cuidados do paciente consigo mesmo, principalmente atividades físicas.
Em Valente existe a Fibromialgia Nordeste, uma organização que visa buscar melhorias na qualidade de vida de pessoas acometidas por esta doença.
Segundo a presidente da Organização, Nete da Saúde, entre as ações está a luta por aposentadoria, atendimento prioritário nos órgãos públicos e privados, entre outros.
Por pressão deste grupo, foi aprovado a Lei 792/2019 que tratou da emissão da carteira para pessoas portadores desta doença e atendimento prioritário nos órgãos públicos e privados.