A farmacêutica AstraZeneca confirmou, nesta quarta-feira (8/5), que deixará de produzir sua vacina contra a Covid, a Vaxzevria. No Brasil, ela era fabricada em parceria com a Fiocruz.
A empresa decidiu retirar o imunizante do mercado alegando que atualmente há um excedente de vacinas e que houve um declínio na procura pela Vaxzevria.
A AstraZeneca não citou em sua nota a polêmica ao redor de eventos trombóticos, que foram causados em raros casos após a aplicação dos imunizantes. Em abril a empresa admitiu que o imunizante “pode, em casos muito raros, causar síndrome de trombose com trombocitopenia”. Chamada de TTS, a condição é caracterizada pela formação de coágulos de sangue e pode ocasionar o entupimento de veias e artérias.
As reações ocorreram, em média, em menos de 1 a cada 100 mil vacinados. Para especialistas, a ocorrência era um mal necessário na época da pandemia.
Na nota enviada à imprensa, a farmacêutica apenas cita que está trabalhando com órgãos reguladores para “concluir este capítulo”.
Nas últimas semanas, porém, casos de pessoas que tiveram trombose por uma reação rara ao imunizante ganharam maior evidência na imprensa internacional. Movimentos negacionistas usaram a notícia para descredibilizar a campanha de vacinação contra a Covid como um todo.
A propaganda negativa foi tão intensa que levou o Ministério da Saúde a fazer um pronunciamento em favor da segurança do imunizante.
Em nota, a farmacêutica declarou que tem muito orgulho de ter desenvolvido uma vacina que foi “componente crítico para acabar com a pandemia global”.
Redação BSL com informações do portal Metrópole.