O ex-juiz Sergio Moro precisa de apenas mais um voto para ser inocentado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), o que afastará provisoriamente o risco de ele perder o mandato de senador.
Advogados, juristas e até mesmo os opositores mais ferrenhos de Moro têm certeza de que, além do relator, Luciano Falavinha Souza, que votou contra a cassação na segunda (1), outros dois juízes do TRE-PR serão favoráveis a permanência de Moro no Senado: Guilherme Frederico Hernandes Denz e Claudia Cristina Cristofani.
Como o colegiado que o julga tem sete integrantes, Moro precisa de apenas mais um voto para formar o placar de 4 a 3 que garantirá a sua vitória.
A derrota de seus opositores, portanto, é dada como praticamente certa.
As ações contra o ex-juiz são movidas pelo PT e pelo PL, que o acusam de abuso de poder econômico.
Eles devem recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em Brasília, caso o resultado negativo para seus pleitos se concretize.
Na corte, a situação é considerada menos favorável a Moro.
Há precedentes, inclusive, de reverão completa de resultados de julgamentos do TRE-PR no TSE.
O advogado Luiz Eduardo Peccinin, que representa o PT contra Moro, advogou, por exemplo, pela cassação do mandato de deputado federal de Deltan Dallagnol.
Perdeu por 6 a 0 no TRE-PR. Recorreu ao TSE, e saiu vitorioso por um placar de 7 a 0 contra o ex-procurador, que perdeu o cargo no ano passado.
Folhapress