Análise: Toda quinta-feira teremos uma opinião de Sérgio Lima falando de política; Lula deverá ter biênio menos conflituoso com eleições do Congresso
Todas as quintas-feiras será publicada uma matéria com a análise de Sérgio Lima, estudante de jornalismo e CEO do Blog do Sérgio Lima, tratando de algum fato político, principalmente nos cenários nacional e estadual.
Tema de hoje: Eleição para presidentes no Congresso deve facilitar a vida de Lula na relação com os mesmos, principalmente com o presidente da Câmara.
No próximo sábado, 1º de fevereiro, serão realizadas as eleições para escolha dos presidentes da Câmara dos Deputados e do Senado Federal.
A mudança de comando das casas deve facilitar a relação do governo Lula com essas lideranças, principalmente com a Câmara, visto que, nos primeiros dois anos de governo, o presidente Artur Lira (PP) em muitos momentos entrou em conflito direto com o governo quando seus interesses, ou de seu grupo, o Centrão, não eram atendidos ou eram prejudicados com algum projeto do Executivo. Chegou até a fazer críticas públicas à gestão em alguns momentos.
O favorito para ser eleito para a Câmara é o deputado Hugo Motta, do Republicanos da Paraíba. Embora seja de um partido mais ligado ao bolsonarismo, e conte com o apoio do PL, ele não deve ser tão radical quanto Lira. Segundo apuração da Folha de São Paulo, em cada 10 votações na Câmara, em 9 ele votou alinhado com o PT, que também apoia sua candidatura, que foi costurada com a participação direta do presidente Lula junto a Artur Lira.
Já no Senado, o governo teve uma relação mais pacificada com o atual presidente Rodrigo Pacheco (PSD). O problema do governo com o Senado é diretamente com os senadores, que têm muitos nomes influentes da direita, o que, de certa forma, dificulta a articulação com aquela Casa.
O favorito para comandar a Casa é o senador Davi Alcolumbre, do União Brasil do Amapá. Embora ele conte com o apoio também do PL, ele deve manter uma relação harmoniosa com o governo, visto que ele tem um ministro indicado de forma pessoal na gestão federal, sendo o ministro Waldez Góes, na Integração Nacional. Uma pasta influente, principalmente para as ações políticas.
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